“A morte de um filho deixa cicatriz indelével, uma dor eterna”, explicou
o psicanalista e psiquiatra Jorge Forbes, presidente do Instituto da
Psicanálise Lacaniana. “É a pior situação humana, não há perda maior. Não tem
nada de simbólico para a pessoa a elaborar essa perda. Você morre junto mesmo!”
(Entrevista de Jorge Forbes para o jornal O ESTADO DE S. PAULO - caderno
Metrópole, domingo, 13 de abril de 2008)
Não tem nada de simbólico para que eu possa explicar essa perda. Eu morri junto mesmo! Mas é antinatural? A morte de um filho é a que nos desestabiliza. Hoje uma frase que especifica muito bem o que sinto nesses oito meses, de vazio absoluto. Angústia, revolta, dor, desespero, impotência, tristeza. Não existem palavras para definir a perda da Letícia. Diante de tanto sofrimento, esquecer jamais.
Passei por muita
dor, pelo pão que o diabo amassou, chorei e choro muito, mas, estou
reaprendendo a caminhar. Com a dor como companhia.
Nos primeiros
tempos não há minuto nenhum que não pensei nela, depois começou a ser de dez em
dez minutos, e por aí a fora. Mas nunca se ultrapassa, aprende-se a viver
com isso. Não existe ex-mãe nem ex-filho. Vou deixar de pensar
na Letícia só no dia em que for calada pela morte. Até lá vou deixar passar os dias...
Esperando nosso reencontro.
TE AMO MUITO MINHA ETERNA BEBEZINHA!!!!!!!!!!
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