Nós mães, que tivemos que entregar nossos filhos prematuramente a Deus, lutamos diáriamente para sobreviver aos obstaculos... as pedras que atravessam no caminho, fazendo-nos fraquejar.
Nós mães conhecemos esta dor... dor que atravessou nosso coração como lanças e deixou marcas...
Nós mães sofremos as dores que Maria Mãe de Jesus sofreu... e nem por isso Ela esqueceu seu filho. Ela o amou desde o começo... antes mesmo de o ter gerado. Amou-o no sofrimento da cruz... no tumulo e na vida Eterna.
Eu sei, que temos que deixar voar nossos filhos que partiram... eu sei que eles têm que seguir seu trilho, seu caminho rumo á Luz. Mas nem por isso devemos esquece-los, só porque eles deixaram de serem vistos.
Não os prendemos mais a nós... unicamente continuamos a ama-los, porque eles vivem dentro de nós.
Como não lembra-los? Como não falar deles? Como não ter as fotos espalhadas pela casa? Como não arranjar novas maneiras de os recordar?
Eles partiram! Mas não sairam do nosso coração.
As mães que sofrem da mesma dor que eu, sabem do que falo. E muitas outras mães, que mesmo não sofrendo esta dor, acreditam que mãe que perde um filho, sofre para sempre. E são tão solidárias, que sentem e sofrem connosco... e a gente sente que pode chorar, ou sorrir ao lembrar nossos amados.
Mas tambem há quem seja mãe e mesmo assim não consegue colocar-se no nosso lugar. Até posso entender... Mas doi!
Quando nos dizem, que devemos esquecer... que tudo isso já é passado... Que não devemos falar em quem partiu... Doi!... Doi na alma...
Amar um filho morto, não é doença! É Amor Eterno, que vai além da morte. Sim! Porque nossos filhos vivem!
Essas mães têm a sorte de terem seus filhos vivos... de terem vivido a infancia, a juventude e viram seus filhos seguir a vida profissional e familiar... Que felizes são! Podem levantar as mãos ao Alto em agradecimento por tantas bençãos.
E nós? Onde estão os nossos sonhos? Onde está a metade das nossas vidas?
Entregamos ao Pai Eterno, os frutos do Amor... Na esperança da felicidade Eterna.
Mas aí, sentimos necessidade diária de te-los por perto... de lembrar... e de os abraçar com o coração. É a saudade que fala!...
Para quem não entende este modo de amar e de sentir... é dificil!
Mas eu acredito que Deus está por nós.
Ele da-nos a coragem de seguir e deixar seguir...
Sempre com amor, porque Deus é Amor e jamais separa quem sente o Amor.
(Maria Maia)
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