segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dia triste...

Hoje faz exatamente 4 anos Letícia, que você deixava esse mundo e voava além das estrelas! Quanta dor a mamãe sentiu naquele momento, te deixar ir... Lembro com muitos detalhes aquele dia, o pior da minha vida estava  ali meu sonho, meu projeto de vida! Pequenina, imóvel, mas perfeita e querida! Minha pequenininha maravilhosa, lembro do médico vindo com muito jeito trazer o resultado do último EEG. Então ele deu a notícia eu nem escutei direito, lembro que perguntei e agora o que irá acontecer vocês vão desligar os aparelhos? A médica disse que sim, mas seria desligado devagar e que se eu quisesse podia pega-la no colo, enquanto os aparelhos eram desligados, nos deixaram alguns  minutos ali para nós. Quando recebi a notícia do último EEG, a única coisa que me ocorria era pegá-la em meus braços, coisa que não me haviam permitido até o momento. Então me entregaram a minha filha, calma e linda, como se ela estivesse dormindo. Ficamos um pouco com nossa bebê, segurando-a e chorando. Ela era perfeita. Só que não estava viva. Rezamos pela última vez o Santo Anjo com a mão na sua cabecinha.  Eu ainda cantei para ela em meio as lágrimas: “Dorme nenê que a cuca vem pegar...” Chorei muito, doeu muito... Dei a vida a ela e Ela perdendo a vida no meu colo...os últimos instantes em que eu pude segurá-la e sentir o seu calor . Como foi duro deixar o seu corpinho que cuidamos, zelamos com tanto amor e carinho. Não me esqueço de cada curvinha, dobrinha, suas mãozinhas, pezinhos, cheirinho, quantos cuidados tivemos, nunca teve assadura, o umbiguinho... Como dói minha pequena, quanta saudade... Como foi duro a ver partir na minha frente , mas sei que ela sabia o quanto eu e o Luiz a amávamos, pois nós falávamos o tempo todo o quanto a amávamos... Naquele momento ímpar, vendo o monitor cardíaco diminuir os batimentos e minha filha ir embora, eu  recordei a sequência de acontecimentos dos últimos dias. Quando sentimos que havíamos nos despedido, beijei minha filhinha e entreguei-a à enfermeira. Minha filha se foi...Embora dentro de mim eu soubesse que foi melhor para ela o descanso, eu sentia como se o meu coração que ainda continuava batendo, tivesse sido arrancado do meu peito; Então os batimentos zeraram...rapidamente...Papai ficou nervoso e quis sair dali e assim fomos... Ainda vi uma das enfermeiras sair com ela nos braços enrolada num lençol. Tive que ir até a Funerária e após 8 dias de UTI, retornamos à nossa cidade carregando Letícia sem vida... foi no bebê conforto, retornou num caixãozinho. Voltamos para nossa cidade há 400Km dali, ali eu rezava, alguém tinha falado que ela poderia virar o rosto no caixãozinho, eu não queria isso...Lembranças tristes...Vou trabalhar... A minha esperança é a vida Eterna...te amo!



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