Sim, querida, quando chove fica mais triste esperar,
o barulho da água parece canção pra saudade,
cai de um jeito que faz barulho na alma,
leva pra lugares onde a espera não tem chegada,
acompanha o relógio, os dias, as noites, sente compaixão, sim, nosso vocabulário esgotado pra explicar o vazio, compreender as coisas do coração, que não sabe se corre ou desacelera,
o peito, que explode e, dali a pouco, fica miúdo,
o barulho da água parece canção pra saudade,
cai de um jeito que faz barulho na alma,
leva pra lugares onde a espera não tem chegada,
acompanha o relógio, os dias, as noites, sente compaixão, sim, nosso vocabulário esgotado pra explicar o vazio, compreender as coisas do coração, que não sabe se corre ou desacelera,
o peito, que explode e, dali a pouco, fica miúdo,
o estômago, parece que tem gente andando por lá, a água da chuva, falando do amor que pede descanso,
esparramado na terra por onde a gente anda,
nós, sozinhos e, ao mesmo tempo, acompanhados,
A chuva falando dos acenos não possíveis na alma...
SOBRE CHUVAS E ESPERAS
(Teresa Gouvea)
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