Como é que tá ai? De você faz tempo que não ouço nada
Fala um pouco sua voz tá tão calada
Sei que agora deve estar Impressionando os anjos Com sua risada "
Poucos segundos são o suficiente para perdermos as pessoas que amamos. Se lembrássemos com mais freqüência o quanto a vida é frágil, certamente valorizaríamos mais nossos amigos, nossa família e até a nós mesmos.
Deixar para amanhã, imaginar a possibilidade de uma segunda chance, acreditar que pode ficar pra depois são probabilidades tão instáveis! Esquecemos que não temos nenhum poder sobre o tempo, sobre o mundo e nem sobre os acontecimentos. A verdade é que a maioria sai de nossas vidas sem despedidas, sem avisos prévios e deixam apenas lembranças, um coração apertado, um coração cheio de “e se isso” e “e se aquilo”.
Deixe com as pessoas que você ama palavras de amor, gestos sinceros que demonstre a importância delas na sua vida. Dê a quem você ama dedicação, abraços, sorrisos, dê sempre o melhor que puder enquanto há essa opção. O arrependimento pelo que não foi feito, pelo que não foi dito, pelo que poderia ter sido é amargo demais e eu te aconselho a não experimentá-lo! E para que o arrependimento seja evitado basta amar, amar muito, deixar o medo, as inseguranças de lado. Dar valor ao simples, ao verdadeiro, as aproximações, aos afagos, ao puro, ao fiel, ao que dá saudade... Dar valor as pessoas e menos valor as coisas. Dar valor ao tempo e menos à preguiça e ao complicado.
A dor da perda, à hora da partida, a questão não é ficar esperando por essas coisas. Mas é conseguir, quando esse momento chegar, sentir, além da dor, paz com tudo o que foi vivido, ao menos ter a certeza do quanto foi feliz tudo o que passou e que tudo que poderia ser feito realmente foi. Que ao perdermos quem tanto amamos, possamos apenas ter de suportar a dor da perda... E não ter também de superar a dor de não ter perdoado, de não ter falado, de não ter conversado, de não ter ido atrás, de não ter feito um pouco mais... A dor de perder quem amamos não é tão terrível quanto a dor de não ter conseguido demonstrar amor, vivido o amor, enquanto houve vida.
Assinado: Jotaefe Oliveira.