"Naquela manhã o dia amanheceu triste em solidariedade a tua partida filha.
Naquele dia as folhas caiam das árvores, entregavam-se ao vento sem relutância.
Aquele dez de agosto jamais será esquecido.
Era tudo muito injusto.
A vida que se ia tão cedo.
Os sonhos que não seriam realizados.
Os projetos que ficariam inconclusos.
Os sorrisos e a voz que não mais poderia ser ouvida.
O abraço que não poderia mais ser sentido.
A mãe que ficou órfã...
A lei natural foi invertida, não era possível entender o porquê, por que ela?
Por que agora?
... A dor da despedida, o silêncio sepulcral.
O clima tenso, quente, pesado.
E o amor, muito amor.
A certeza do amor que não se acaba com a morte.
O amor que sobrevive a ausência da matéria.
O amor que reaviva a presença e eterniza o ser amado.
Teu sorriso jamais será esquecido.
O amor por você nunca acabará.
Não há morte que corte esse vinculo de amor eterno.
As lembranças misturadas na memória...
Você está tão viva ainda...
Tão viva!
O Céu escureceu pra sempre no dia de tua partida..
A noite absorveu o dia na plenitude da tua escuridão.
A dor da saudade já era grande...
Como poderia ser possível não poder abraçá-la ao menos mais uma vez?
Que absurdo!
Tinha que ser um sonho ruim.
Um pesadelo...
Não era um sonho.
Seis anos já se passaram... E ainda dói demais.
Tanto amor, misturado com tanta tristeza e com uma única certeza a do Reencontro...
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