Há um ano era quarta- feira. Recebi uma
ligação do hospital era a enfermeira dizendo para levar uma mamadeira que a
Letícia iria tirar a sonda e ia tomar mama na mamadeira. Levei duas, uma
chuquinha e uma mamadeira que a madrinha Kátia havia comprado, cada conquista
era festejada. E assim os dias passaram, e ela passou a tomar 10, 20, 30 ml.
Suas mamadas eram por meio de uma abertura na incubadora, numa mamadeira, dadas
por uma enfermeira. E eu nem me propus a dar aquela mamadeira, com medo que de
ela engasgasse e piorasse seu quadro.
Fui
para a primeira consulta no ginecologista, depois da cesárea com uma
tristeza... Todas as mães vão à primeira consulta exibindo seus filhotes e
eu?Nem isso... Mas, a Letícia já estava tomando mama na chuquinha...
Toda vez que eu chegava perto da incubadora
sem poder tocá-la eu rezava em silêncio o Santo Anjo, conversava com ela e ela
parava e me procurava com seus olhinhos prestando atenção no que eu dizia então
eu lhe contava sobre nossa casa, sobre a Lilika(nossa cachorrinha),sobre a
vovó,as tias e priminhos que queriam vê-la em casa,sobre nosso futuro juntas...
A Letícia repousava como uma boneca no
ninho protegido por paredes de acrílico e temperatura agradável. E assim se seguiram os dias... Como eram
bons aqueles momentos, éramos nós duas e parecia que nada mais existia. Eu
sentia muito ciúme da enfermeira que cuidava dela durante o dia, ela era tão
carinhosa com a Letícia. Chamava-a de Lê, só ela que dava mamadeira, só ela que
trocava fraldas, que fazia carinho...DEPOIS EU ENTENDI QUE TODOS QUE SE APROXIMAVAM DA MINHA ANJINHA FICAVAM ENCANTADOS!
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