sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Minha companheirinha


Dizem que mãe entende até o que o filho não diz. Mas você Letícia, sem dizer uma palavra me fez mãe e me mostrou as alegrias da maternidade.

Era antes das cinco horas da manhã de uma sexta-feira, quando você nasceu... Minha anjinha...

Parecia uma bonequinha, como me lembro daquele dia, quando a pediatra pegou você na sala de cirurgia e me mostrou já longe, você com os olhinhos abertos e bem vivos , me olhou parecia que já me conhecia há tempos, também, vivemos só eu e você, por 34 semanas, partilhando minha alegria e me ouvindo dizer: EU TE AMO FILHA E QUANDO VOCÊ CHEGAR NUNCA MAIS ESTAREI SÓ!

Você era um bebê lindo... Minha anjinha protetora... Uma menina linda
Eu não sabia, mas você planejava ser estrela e brilhar
A todos logo conquistou, quantos rezaram por você sem conhecê-la!
Minha companheirinha por 40 dias, mas também companheira de meus momentos tristes e difíceis.

Mas a vida tem ciladas e armadilhas que encontramos no meio de nossos caminhos...
E os anjos têm um tempo determinado por Deus, para ficarem na terra... E quando sua missão termina, eles têm que retornar para o céu.

Eu sei o quanto foi difícil para você, obedecer a essa ordem suprema, pois não queria me deixar sozinha... Eu sei que queria ficar!

Filha querida! é difícil, muito difícil continuar aqui sem você....

Mas sinto dentro de mim uma força para concluir minha missão que a cada minuto que passa cresce, se agiganta dentro do meu ser...

Dentro do meu coração.
E eu sei, que essa força que me alimenta... Conforta-me. Traz-me um pouco de paz e serenidade, nesse coração dolorido de mãe, vem de você.

Você, Letícia, mais do que filha, foi companheira das horas incertas e das horas alegres e felizes.


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