Muitos me disseram que
com o tempo a saudade atenuaria, mas não é bem assim... A saudade não diminui.
O tempo é inimigo da saudade e não a beneficia em nada!Acreditava que todo ser pensante já sabia que o tempo aumenta a dor e a saudade. Isso é tão natural.
Quem não sabe que quando não vemos alguém por um dia, não sentimos tanta saudade quanto sentimos quando não a vemos por um, dois, três anos ou mais?
Mesmo assim as pessoas fecham os olhos para essa realidade, e querem mesmo fazer uma mãe que perdeu um filho crer que a dor da saudade irá diminuir com o tempo. Isso e indecente! Para as mães órfãs, minha filhinha Letícia, foi levada por Deus há pouco tempo, pois faz apenas um ano e seis meses que ela se foi
Mas curiosamente para aqueles que nunca experimentaram a imensa dor de ver um filho partir, quatro ou seis meses já e tempo suficiente para uma mãe sequer falar de seu filho.
Que crueldade! E que falta de entendimento!
Apenas 4 meses da partida de minha filha, algumas pessoas começaram a me cobrar um Tudo bem e tinha que dizer sim.Então depois de um ano eu sentia as pessoas me cobrando um sorriso,me cobrando a convivência com outros bebês... Não temos o direito de chorarmos a morte de um filho para sempre?
Como andar em lugares que antes andava com ela em meu ventre sem ela?Como conhecer lugares que gostaria de compartilhar com a Letícia, sem lembrar-se dela? Como posso me deliciar com um sorvete, com um chocolate, sem lembrar o quanto ela gostaria daquilo?
Os filhos dos outros nascem, crescem, daqui a pouco estarão casando, se formando, seguindo seus rumos, mas e a Letícia?
Para quem não conhece o quanto é grande entregar um filho a Deus, é fácil acreditar que 1 ano após a isso, a mãe órfã já não tem nenhuma razão para sofrer...
Mentira! Engano! Ledo engano...
O luto de um filho é para sempre. Ainda que a psicologia teime em dizer que a fase critica de um luto ocorre em seis meses. Eu e qualquer outra mãe órfã podemos garantir que essa fase critica do luto de uma mãe nunca vai passar. Mesmo porque as reações são variadas.
Algumas de nós só vamos entender o que realmente aconteceu após seis meses. Isso posso garantir!
Até lá, o cheiro dos nossos filhos ainda é muito presente.
É justamente quando ele começa a ser esquecido que a realidade cai com fúria sobre nossas cabeças.
É justamente quando ninguém mais fala, ou quer falar, que a mãe órfã sente-se sozinha e recorda que um dia ela andou com seu corpo na terra.
É quando o cheiro de suas roupas se esvai... Que a mãe órfã, calada, num silêncio profundo vive sozinha o inicio de um luto isolado, sem ninguém para acompanhar, sem ninguém para consolar...
O que deveria ser um consolo passa então a ser uma cobrança. Passam a cobrar uma alegria constante, passam a cobrar disposição.
Amigos passam a cobrar esquecimento,
passam a cobrar o silencio...
Silencio...
O silencio do túmulo. É justamente o silencio do túmulo que grita nos ouvidos da mãe que calada segue o seu destino, que carrega ausência gritante de um filho que tanto amou, e ainda ama, e sempre amara...
Esse silêncio sepulcral...
Silêncio que vem de encontro à dor da saudade para nos dizer: E verdade!
Todos os dias fazemos uma meditação que nos encoraja a continuarmos aqui.
O tempo é inimigo da saudade e não a beneficia em nada!Acreditava que todo ser pensante já sabia que o tempo aumenta a dor e a saudade. Isso é tão natural.
Quem não sabe que quando não vemos alguém por um dia, não sentimos tanta saudade quanto sentimos quando não a vemos por um, dois, três anos ou mais?
Mesmo assim as pessoas fecham os olhos para essa realidade, e querem mesmo fazer uma mãe que perdeu um filho crer que a dor da saudade irá diminuir com o tempo. Isso e indecente! Para as mães órfãs, minha filhinha Letícia, foi levada por Deus há pouco tempo, pois faz apenas um ano e seis meses que ela se foi
Mas curiosamente para aqueles que nunca experimentaram a imensa dor de ver um filho partir, quatro ou seis meses já e tempo suficiente para uma mãe sequer falar de seu filho.
Que crueldade! E que falta de entendimento!
Apenas 4 meses da partida de minha filha, algumas pessoas começaram a me cobrar um Tudo bem e tinha que dizer sim.Então depois de um ano eu sentia as pessoas me cobrando um sorriso,me cobrando a convivência com outros bebês... Não temos o direito de chorarmos a morte de um filho para sempre?
Como andar em lugares que antes andava com ela em meu ventre sem ela?Como conhecer lugares que gostaria de compartilhar com a Letícia, sem lembrar-se dela? Como posso me deliciar com um sorvete, com um chocolate, sem lembrar o quanto ela gostaria daquilo?
Os filhos dos outros nascem, crescem, daqui a pouco estarão casando, se formando, seguindo seus rumos, mas e a Letícia?
Para quem não conhece o quanto é grande entregar um filho a Deus, é fácil acreditar que 1 ano após a isso, a mãe órfã já não tem nenhuma razão para sofrer...
Mentira! Engano! Ledo engano...
O luto de um filho é para sempre. Ainda que a psicologia teime em dizer que a fase critica de um luto ocorre em seis meses. Eu e qualquer outra mãe órfã podemos garantir que essa fase critica do luto de uma mãe nunca vai passar. Mesmo porque as reações são variadas.
Algumas de nós só vamos entender o que realmente aconteceu após seis meses. Isso posso garantir!
Até lá, o cheiro dos nossos filhos ainda é muito presente.
É justamente quando ele começa a ser esquecido que a realidade cai com fúria sobre nossas cabeças.
É justamente quando ninguém mais fala, ou quer falar, que a mãe órfã sente-se sozinha e recorda que um dia ela andou com seu corpo na terra.
É quando o cheiro de suas roupas se esvai... Que a mãe órfã, calada, num silêncio profundo vive sozinha o inicio de um luto isolado, sem ninguém para acompanhar, sem ninguém para consolar...
O que deveria ser um consolo passa então a ser uma cobrança. Passam a cobrar uma alegria constante, passam a cobrar disposição.
Amigos passam a cobrar esquecimento,
passam a cobrar o silencio...
Silencio...
O silencio do túmulo. É justamente o silencio do túmulo que grita nos ouvidos da mãe que calada segue o seu destino, que carrega ausência gritante de um filho que tanto amou, e ainda ama, e sempre amara...
Esse silêncio sepulcral...
Silêncio que vem de encontro à dor da saudade para nos dizer: E verdade!
Todos os dias fazemos uma meditação que nos encoraja a continuarmos aqui.
Ela está com Deus,
portanto vou levantar, vou me vestir e vou seguir o meu destino.Não vou acreditar que isso passará com o tempo, porque eu sei que é mentira!Não vou acreditar que algum dia eu levantarei de minha cama e me esquecerei que
ela passou por aqui, como ela era...
Para as pessoas que passam no meu trajeto evito falar, evito citar. Não porque me esqueci dela, mas porque não quero ouvir alguém aconselhar-me a esquecer...
Para as pessoas que passam no meu trajeto evito falar, evito citar. Não porque me esqueci dela, mas porque não quero ouvir alguém aconselhar-me a esquecer...
Um filho a gente nunca esquece, pode passar anos e anos mais a saudade fica no coração. Liliane tem novo post lá na estrela da manhã vem conferir, segue o link abaixo, tenha um lindo final de semana, fique com Deus beijos.
ResponderExcluirLinks:
Estrela da Manhã
Lucimar Virtual
Divulgue seu blog no Face
Que palavras tao verdadeiras e ao mesmo tempo tao doloridas para nós maes de colo vazio... O meu Joao Miguel se foi ha apenas 6 meses e as pessoas me cobram essa atitude todos os dias... Sinto que qdo nao me controlo e choro, todos me olham com aquela cara de AI DE NOVO! Quero falar do meu filho contar como era lindo e as pessoas desviam o assunto, nao querem ver sofrimento, querem apenas que eu as ouça falando as gracinhas de seus lindos filhos vivos e saudáveis... como te entendo Liliane, como sei do q está falando... Partilho a sua dor e estarei aqui sempre.
ResponderExcluirBoa tarde meu nome é Samara,acompanho teu lindo blog a algum tempo e hoje mais do que nunca me identifiquei com teu post,passaram-se 9 anos 9 meses e 22 dias que minha MAria Eduarda voltou para os braços do Pai,mas nao tem um dia que a imagem do rostinho dela nao me venha na lembrança.
ResponderExcluirO tempo pode ter apagado o cheirinho das roupas mas jamais apagara a dor de nao te-la comigo.
Sempre aparece alguem e me pergunta se ainda sofro com a morte da minha filha e minha única resposta é:chorarei até o dia do nosso reencontro...
Bjs e saiba vc jamais estará sozinha...juntas no amor e no sofrimento.
Eu tbm, guardo a minha dor só pra mim, pq não aceito que me peça pra esquecer, nem que a vida continua, até pode continuar,mas eu nunca mais serei a mesma.
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