sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Uma homenagem do grande amor de mãe - eterno!

Esta falta que me causas é como dor que não se localiza. Falta não sei onde e não sei o quanto. Espaço não configurado, não conceitual, imensurável. O que sei de mim, pela força da saudade, por vezes, me esquece. É como labirinto não sinalizado por onde recolho pedaços, fragmentos de mim. Levaste a senha da minha inteireza. E desde esse momento me assombro em tanta ausência. Consolo-me na observância silenciosa dos teus segredos que em poucas frases nos legastes. Há nelas uma fragilidade se esvaindo pela cavidade do tempo. É impossível negar: É teu ressuscitar sereno, ampliando a tua ausência em mim. Roubas o que sou e me tornas a sepultura de onde sais. Sou o espaço da tua inabilitação. Sou a saudade que te evoca, traz de volta e te concede uma criativa forma de continuar.
(Do livro "Tempo: saudades e esquecimentos" - Fábio de Melo)


Não preciso dizer mais nada... Somente Te amo minha anjinha!

Nenhum comentário:

Postar um comentário