Porque
a morte propicia tanto sofrimento e catadupas de pranto, acarretando desespero
no mundo, é válido lembremos que: a semente morre para que surja a plântula
tenra; transforma-se a ostra, de modo a produzir a pérola preciosa; estiola-se
a flor, emurchecida, a fim de que provenha o fruto que guarda, na essência, o
sabor; morre o dia nas tintas do poente, de modo que o véu cintilante da noite
envolva a Terra; morre a noite, entre as lágrimas do orvalho, para que o manto
aurifulgente do dia consiga embelezar a amplidão; o rio morre na exuberância do
mar; fana-se o homem para que se liberte o espírito, antes cativo.
* *
*
À
frente disso, vemos que a morte é sempre a chave que desata o perfume da vida.
Não há morte, essencialmente. Tudo é transformação, tudo é recriação…
A
lágrima de agora se tornará sorriso.
A
dor atual prepara a ventura porvindoura.
A
saudade que punge hoje, fomenta o sublime reencontro de logo mais.
Morte
é vida, agora o sabemos…
* *
*
Habitue-se,
caro coração, a refletir a respeito da morte, com serenidade e confiança em
Deus, porque você não ignora que, por mais se aturda, desarvore ou se
inconforme, essa é a única regra para a qual não se conhece exceção.
Prepare-se,
amando e trabalhando no bem grandioso, até que você, um dia, igualmente se
transforme em ave libertada da prisão – escola corporal.
A
morte tão somente revela a vida mais amplamente. Pense nisso.
Rosângela
Mensagem
psicografada pelo médium J. Raul Teixeira
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