Nossos amores são o tesouro que a vida nos oferece como dádiva
perante os desafios da caminhada.
Quando os temos não conseguimos aquilatar a vida sem eles.
São de tal forma parte integrante da nossa estrutura emocional,
que a existência terrena teria um peso imenso sem eles a nos apoiarem e amarem.
Pertencem ao nosso coração porque os laços de querer bem se
construíram reciprocamente em experiências e labores, desta ou de anteriores
vidas.
Nós os buscamos para abastecer o coração, para alegrar o dia,
para desanuviar a mente, pois são eles que aliviam o guante da vida.
Algumas vezes, se separam de
nós fisicamente.
Passam a morar em outras
terras, pois que casam, precisam assumir compromissos profissionais em lugares
distantes, aprimorar estudos... E lá se vão nossos amores.
Nesses momentos, a paciência passa a ser nossa companheira na
espera saudosa do retorno deles, na esperança do reencontro, de voltar a
usufruir do aconchego da presença que preenche nossa alma com tanta facilidade.
Porém, entendemos que a distância momentânea é necessária, pois
se trata dos compromissos de cada Espírito.
Embora essa distância incomode, mesmo que os dias se façam
longos, o entendimento e compreensão da situação nos fortalecem para aguardar o
momento onde celebraremos mais uma vez o amor e o querer bem.
De forma semelhante ocorre com nossos amores que partiram antes
de nós para o lado de lá da vida, para o mundo espiritual.
Foram chamados de retorno ao lar pela Providência Divina, pois
outros compromissos os aguardavam nas paisagens da Espiritualidade.
De forma alguma, podemos pensar que Deus não percebeu a dor que
essa partida nos causou. Não houve desconhecimento da Divindade, em nenhum
momento, a respeito das saudades que nos queimam as fibras mais íntimas da
alma.
As lágrimas saudosas que
derramamos por aqueles que partiram, eles também as sentem, pois que a vida
continua, e ainda mais exuberante.
Também na Espiritualidade, separados fisicamente de nós, eles
sentem, na intimidade da alma, nossa ausência e têm o coração apertado nas
saudades dos que aqui ainda permanecemos.
Porém, percebem que o
reencontro se dará na brevidade que Deus permitir, amparados na certeza de que
o amor desconhece as barreiras da distância e do tempo.
Portanto, se hoje os olhos vertem as lágrimas que o coração
insiste em fazer jorrar, amanhã será o
dia do reencontro.
Novamente a vida nos oportunizará que as mãos se enlacem, os
corações batam em uníssono, os olhares falem dos sentimentos que as palavras
não conseguem vestir.
Nas saudades dos amores distantes, haverá
sempre a certeza do reencontro, o entendimento que oadeus jamais
caberá nos lábios daqueles que verdadeiramente amam.
Para esses, somente haverá um até
breve, na certeza que hoje simplesmente padecemos a distância
momentânea, porém necessária.
Logo mais, em um novo amanhã,
em nova etapa, teremos os nossos amores a nos preencher os dias de alegria e
plenitude.
Redação do Momento Espírita.
Em 30.10.2013.
Em 30.10.2013.
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