"(...)uma criança,
enferma a maior parte de sua vida, e sua família provaram que neste mundo
também existe verdadeiro amor, que é dedicação. Sem saber, ela ensinou os
outros a ser ainda mais unidos e mais amorosos, eles que tudo dariam para
preservar a luz daquele seu tesouro, mas tiveram de se render ao destino, à
enfermidade, à morte ? não importa o nome. Junto com o sofrimento, ficaram para
sempre a claridade, a doçura e a força que vão continuar emanando dessa dura
experiência transformadora, e daquela figura travessa, inquieta, corajosa, de
grandes olhos escuros que me fitaram tão sérios quando lhe perguntei brincando:
? Você não quer um dia
desses dar uma volta comigo na minha vassoura de bruxa?
Sem traço de dúvida ou
hesitação, ela disse:
? Eu quero!
Menininha que iluminou
este mundo tantas vezes feio e cruel, você vai continuar entre nós, na memória
de sua passagem breve como a de uma lanterna mágica que vara o céu. Mas esse
passeio eu fiquei te devendo. Um dia, quem sabe, quando todos formos poeira de
estrelas."
(Quando morre uma criança Lya Luft)
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