Mamãe! Porque a
tristeza, o desencanto,
Esta dor que trazes e parece não ter fim...
Cada tua lágrima que se derrama sobre mim
Impede-me a paz e arranca o meu pranto.
Então, sofro, intento retornar ao teu lado,
Teu silencioso chamado me é desesperador...
Teu pranto sigiloso recrudesce em mim a dor
De não consolar teu coração inconsolado.
Continuo, daqui, sendo o teu filho de sempre,
Devotando-te o mesmo amor e admiração,
Peço-te, mãezinha, arrependido, teu perdão
Pelas vezes que agi de forma inconsequente.
Pensa em mim, mamãe, docemente, com ternura,
Cultua só as lembranças dos felizes momentos..
Veja-me, sempre, em todos teus pensamentos,
Como o filho que fez da vida doce aventura.
Que foi feliz por ter vivido na presença tua,
Por ter-te tido como mãe, amiga e dedicada,
Só flores eu colhi na minha curta caminhada
Que, deste outro lado da vida, florida continua.
Que tua prece a Deus, na tua religiosidade,
Suba ao céu sem o amargo fel das cobranças,
Envia-me vibrações de paz e de esperanças
Pra que eu supere, sem relutâncias, a saudade.
Conforma-te com a vontade de Deus, soberana!...
Resigna-te! - O ocorrido não mais lamentes!...
Deus, às vezes, utiliza-se da dor dos acidentes
Para tirar seus filhos da existência humana.
Mamãe! Não existe o acaso no universo
Dentro da justiça que a Lei de Deus encerra,
Havia se esgotado o meu tempo aí na Terra,
Chegado o momento inevitável do regresso.
Não chores mais!... Alegra o teu coração!
Entristece-me vê-lo ainda tão ressentido...
Sempre que Deus permitir estarei contigo,
Despertarei em ti minha doce recordação.
A tua bênção, mãe querida! Beijo tua face!
A vida continua, o sol a cada dia renasce
Para desfazer nos corações o desencanto...
Cessa, mãe, a dor que a tua alma inflama,
Cada tua lágrima que sobre mim se derrama
Impede-me a paz e arranca o meu pranto!
Agenor Martinho Correa Extraído do livro do autor, "Recordações de um coração de poeta". Litteris Editora ltda., Rio de Janeiro, 2006, 128p.
Esta dor que trazes e parece não ter fim...
Cada tua lágrima que se derrama sobre mim
Impede-me a paz e arranca o meu pranto.
Então, sofro, intento retornar ao teu lado,
Teu silencioso chamado me é desesperador...
Teu pranto sigiloso recrudesce em mim a dor
De não consolar teu coração inconsolado.
Continuo, daqui, sendo o teu filho de sempre,
Devotando-te o mesmo amor e admiração,
Peço-te, mãezinha, arrependido, teu perdão
Pelas vezes que agi de forma inconsequente.
Pensa em mim, mamãe, docemente, com ternura,
Cultua só as lembranças dos felizes momentos..
Veja-me, sempre, em todos teus pensamentos,
Como o filho que fez da vida doce aventura.
Que foi feliz por ter vivido na presença tua,
Por ter-te tido como mãe, amiga e dedicada,
Só flores eu colhi na minha curta caminhada
Que, deste outro lado da vida, florida continua.
Que tua prece a Deus, na tua religiosidade,
Suba ao céu sem o amargo fel das cobranças,
Envia-me vibrações de paz e de esperanças
Pra que eu supere, sem relutâncias, a saudade.
Conforma-te com a vontade de Deus, soberana!...
Resigna-te! - O ocorrido não mais lamentes!...
Deus, às vezes, utiliza-se da dor dos acidentes
Para tirar seus filhos da existência humana.
Mamãe! Não existe o acaso no universo
Dentro da justiça que a Lei de Deus encerra,
Havia se esgotado o meu tempo aí na Terra,
Chegado o momento inevitável do regresso.
Não chores mais!... Alegra o teu coração!
Entristece-me vê-lo ainda tão ressentido...
Sempre que Deus permitir estarei contigo,
Despertarei em ti minha doce recordação.
A tua bênção, mãe querida! Beijo tua face!
A vida continua, o sol a cada dia renasce
Para desfazer nos corações o desencanto...
Cessa, mãe, a dor que a tua alma inflama,
Cada tua lágrima que sobre mim se derrama
Impede-me a paz e arranca o meu pranto!
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