Quando a morte ensina
Que a morte me ensine sobre a vida, tanto, que no meio da dor eu
me debruce sobre o que tenho feito dos meus dias nessa passagem de uma amplidão
imensa e uma estreiteza assustadora. Depois, após ter aprendido sobre as
despedidas cuidarei dos caminhos que meus pés seguirão, enxergarei os abraços
que me esperam, as mãos que me estendem, os sorrisos que se abrem para a minha
chegada e todas essas coisas que deveriam povoar nossas vidas. Meu coração,
então, sobrevivente da dor, compreenderá que na minha vida somente caberão
lugares onde há vida, seguirei com meus adeuses.
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