Há um ano era domingo, o segundo exame clínico
afirmou novamente sem sinais cerebrais. O dia amanheceu quieto, parado, fui
novamente tirar o leite no banco de leite... Veio o vovô nos dar uma força e o
padrinho Vado veio ficar conosco em Florianópolis. O vovô foi visitá-la na UTI,
mas, não agüentou vê-la e logo saiu. A noite vem a notícia que a Letícia estava
com infecção hospitalar, portanto, a doação de órgão já era impossível, mais um
desgosto... . Todos os dias eu dormia e
acordava só pensando no milagre que Deus podia realizar, eu tinha muita
esperança ainda, mas o que eu não sabia é que Deus tinha outros planos em
mente, algo que talvez eu não entenda, mas que preciso aceitar. Estava chegando o
dia que Deus queria a Letícia junto dele novamente, pois eu enxergo o hoje, o
agora, Deus que é onisciente, vê o amanhã. Não sei o que o futuro poderia
reservar para ela.
No começo eu ficava pensando: Por que a minha
filha? Por que eu tenho que ficar sem ela?
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