Ser mãe é padecer no
paraíso, quanta alegria e celebração à mulher que pode dizer isso – ela é mãe
de filho vivo. Mãe de filho morto é mulher que desce ao inferno da dor, do
desespero e da depressão. Sua vida, de céu não tem nada, há apenas um quedar-se
insone, ansioso e impotente diante de um destino que não pode mudar. Se mães
pudessem pressentir a morte inesperada de filhos, em crimes e acidentes, ou
salvá-los de morte anunciada por enfermidade que vai se estendendo,
simbolicamente tentariam aquilo que é fisiologicamente impossível: pelo mesmo e
agora já inexistente cordão umbilical, através do qual os colocaram no mundo,
os trariam de volta ao aconchego do útero. Sim, é nele, útero, que a constante
dor emocional da morte, quase sempre psicossomatizada, lateja fisicamente.
Psicólogos afirmam: “Muitas mulheres, ao perderem suas crianças, sentem
pontadas no útero” – útero que já foi preenchido pelo feto, feto que virou
filho, filho que virou sepultura. “A dor não passa jamais”, diz Luciana
Mazorra, psicóloga clínica e professora da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo. “Emocional e fisicamente, é como se ela fosse mudando de lugar e
machucando a mãe em espaços diversos.” Assim fala a teórica. Assim confirma a
mãe enlutada Ana Cristina de Freitas Rocha, que perdeu em São Paulo a sua
“querida Tatiana”, vítima de uma broncopneumonia aguda que fez seu abdômen doer
numa quinta-feira e seus olhos cerrarem para sempre já no sábado seguinte: “O
falecimento de filho é dor que dói na alma e no corpo.” Ana Cristina explica
que “não há superação”, mas tão somente adequação de seu dia a dia ao
sofrimento(...)Há uma razão para isso, pendulando entre a filosofia e a
biologia, essas duas áreas do conhecimento que são, também elas, mães –
preciosas mães do entendimento da condição humana: existem na vida dois fenômenos irreversíveis, ou seja, a maternidade e
a morte. A mulher é uma mulher e quando dá à luz passa a ser uma mulher-mãe. Se
seu filho morre, ainda assim ela continua sendo mãe.(...) A
todas as mães órfãs entrevistadas ISTOÉ perguntou: – Que nome dar a essa dor?
As mulheres-mães-órfãs choraram. As mulheres-mães-órfãs responderam: – Essa dor
não tem nome.(revista isto é)
Letícia Karina um anjo que passou na minha vida e voltou para o céu.Pra sempre vou te amar e nada abala esse amor nem a vida,a morte,o tempo,nada pode substituí-la,vc é única.Tudo o que nos aconteceu da forma que aconteceu,me fez amá-la ainda mais,me fez querer aproveitar cada segundo que vc esteve aqui perto de mim. Deus disse: Perfeita demais para viver na terra!Só morre quem não é lembrado,mas vc Letícia estará sempre conosco,vc não morreu estará sempre viva em nossos corações e pensamentos!
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