Logo que cheguei naquele
hospital, eu não acreditava no que eu via: centenas de crianças espalhadas
pelos corredores, esperando sua vez para serem atendidas, eram crianças
deficientes, crianças com semblantes tristes... Que mundo era aquele meu Deus?
Eu tive a impressão que eu estava em outro mundo, um mundo que eu nem sabia que
existia, senti um mal estar tão grande dentro de mim! Mas eu pensava apesar de
tudo estávamos ali só para fazer um exame na manhã seguinte iríamos embora...A Letícia podia ter Fibrose Cística mas estávamos ali para buscar tratamento e
tudo ficaria bem...Mas...
Eu sempre ouvia a expressão "eu perdi o chão", mas eu nunca soube o que aquela expressão significava até o dia quando a Letícia teve aquela maldita parada cardíaca naquela hora eu entendi o que significava a frase perdi o chão. Meus olhos ficaram embaçados, pois começaram a escorrer lágrimas deles como uma cachoeira e eu não conseguia controlá-las, eu nunca me senti tão impotente e tão pequena como naquele dia.
Eu só queria acordar daquele pesadelo...
Eu perguntava pra mim mesma: o que eu fiz de errado? Por que com a minha bebezinha? Será que eu deixei de fazer algo? Será que eu deixei de cuidar de algo? Eu sei que Deus me anestesiou, porque tudo o que eu sofri vendo minha filha definhando a cada dia, naqueles dias de UTI, até hoje eu não sei como eu aguentei...
Hoje passados três anos, quando eu me lembro de tudo o que nós vivemos naqueles 7 dias, parece que não passou de um pesadelo... E quando as imagens da Letícia, naqueles momentos de sofrimento teimam em vir a minha mente (porque elas sempre teimam em vir), eu procuro desviar meus pensamentos dessas imagens, porque me fazem muito mal! Eu procuro me lembrar de que agora ela está bem e curada. Não sofre mais...
Eu sempre ouvia a expressão "eu perdi o chão", mas eu nunca soube o que aquela expressão significava até o dia quando a Letícia teve aquela maldita parada cardíaca naquela hora eu entendi o que significava a frase perdi o chão. Meus olhos ficaram embaçados, pois começaram a escorrer lágrimas deles como uma cachoeira e eu não conseguia controlá-las, eu nunca me senti tão impotente e tão pequena como naquele dia.
Eu só queria acordar daquele pesadelo...
Eu perguntava pra mim mesma: o que eu fiz de errado? Por que com a minha bebezinha? Será que eu deixei de fazer algo? Será que eu deixei de cuidar de algo? Eu sei que Deus me anestesiou, porque tudo o que eu sofri vendo minha filha definhando a cada dia, naqueles dias de UTI, até hoje eu não sei como eu aguentei...
Hoje passados três anos, quando eu me lembro de tudo o que nós vivemos naqueles 7 dias, parece que não passou de um pesadelo... E quando as imagens da Letícia, naqueles momentos de sofrimento teimam em vir a minha mente (porque elas sempre teimam em vir), eu procuro desviar meus pensamentos dessas imagens, porque me fazem muito mal! Eu procuro me lembrar de que agora ela está bem e curada. Não sofre mais...
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