Não há palavras para expressá-la. Não há livro que a descreva. Por isso,
o melhor jeito de consolar é falar pouco, orar junto, sentir junto e estar
presente, cada um do jeito que sabe.
Para onde? Para quem? Está me ouvindo? A gente vai se ver de novo? Como
será nosso reencontro? Por que agora? Por que desse jeito? As perguntas feitas
insistem em aparecer e as respostas não parecem claras. Dói, dói, dói e dói...
Então, a gente tenta assimilar o que não se explica. Cada um do seu
jeito.
Um dia nos veremos de novo... Junto de DEUS. Para ela, a vida tem agora
uma outra dimensão. Alcançou o DEFINITIVO...
Quem fica perguntando e sofrendo somos nós. Mas como a vida é um riacho
que logicamente deságua, a nossa vez também soará e, quando isso acontecer,
então não haverá mais lágrimas. As que aqui foram choradas terão sua
explicação.
Por enquanto, fica apenas o mistério. Quem ama de verdade não crê que se
acabou. A vida é uma só: começa aqui no tempo e continua depois, na ausência.
Alguém a quem amamos se tornou ETERNA. E essa pessoa já sabe quem e como
DEUS é. E já sabe também o porquê de sua partida. Por isso, convém falar com
ela e mandar recados a DEUS por meio dela. Se ela está no céu, então alguém,
além de DEUS, se importa conosco.
Definitivamente, não estamos sozinhos por mais que doa a solidão de
havê-la perdido. Mas é apenas por pouco tempo. Quem amou aqui, sem dúvida, se
reencontra no INFINITO.
LETÍCIA SOUZA
Nenhum comentário:
Postar um comentário