terça-feira, 28 de novembro de 2017

Eu sinto você aqui comigo, cada vez mais.


Em tudo que eu vejo, em tudo o que eu faço, em tudo o que eu falo, fico pensando em como seria se você estivesse aqui comigo. Fico pensando em como seriam as coisas que vejo, em como seriam meus atos, minhas palavras, minhas piadas, meus sorrisos. Fico pensando em como seria minha vida toda com você ao meu lado.
Eu sinto você aqui comigo, cada vez mais.
É como se você estivesse presente em cada gesto, em cada palavra dita, como se você estivesse presente em cada abraço, em cada sorriso, em cada lágrima. como se voce estivesse presente no meu dia-a-dia,
Como se você estivesse em toda minha vida.

Desc. Autor

domingo, 26 de novembro de 2017

Dor da Perda




Não existem palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que possam expressar a dor da perda. Ela é tão profundamente dolorida e fere a alma comesmero desmedido, cortando lenta e dolorosamente com o lado cego da faca.
A dor é fenomenal, incrivelmente dor, extraordinariamente dor, fatalmente dor. É dor, dor, dor, somente dor. E não cede, não acalma, não dá trégua. E a alma se contorce, revolve, chora, berra e geme em lamentos surdos, que tomam o corpo, que fazem cambalear e entontecer o espírito.
A dor da perda não tem som, não tem voz, e invade o âmago do ser silenciosa e cruelmente fazendo doer e adoecer o corpo. Massacra a alma a tal ponto de tudo ao redor perder o sentido. Tudo. Tudo perder o sentido e o brilho da vida.
Os olhos olham mas nada vêem, os ouvidos ouvem sem nada ouvir, os braços caem sem sentir qualquer amparo, qualquer sussurro de compreensão, de entendimento. Somente o gosto do sangue da dor é percebido no fundo do coração que sangra, falece e se afunda no fundo da terra, do pó.
E tudo vira dor profunda e cortante como o fio de uma navalha. Os sentidos perdem a razão de ser. Robotizamos o corpo e caminhamos, perdidos e anestesiados de lá prá cá, de cá prá lá, desnorteados, confundidos, atordoados e completamente perdidos de nós mesmos. Esquecidos de tudo e de todos, menos da dor que rasga, dói e arranha o coração até o sangue jorrar em lágrimas profusas e gritos inaudíveis.
A dor da perda cala fundo e faz sepultura da alma onde desejamos ardentemente nos enterrar, em silêncio absoluto, em escuridão infinda, em adormecer eterno. Faz desejar a morte e buscar o fim de tudo, inclusive de si mesmo, para calar... a dor...
Não existem palavras que definam a intensidade da dor da perda. Ela é tão incrivelmente dor que perdemos a definição e a expressão do que sentimos. Nada mais importa. Nada. A dor da perda é pesada demais. Impossível de se carregar solitariamente.
Por isso, por tudo isso, havemos de buscar forças para suportar a dor da perda, por mais profunda, pungente e dolorida que seja, por mais aterradora e insensível...
Havemos de nos resguardar da dor, de acordar e lutar para viver, mesmo a alma em soluços, mesmo que o espírito, anestesiado pela dor, perca a vontade de lutar e continuar a viver... havemos de nos resguardar da dor no alento dos braços do amor, que é o único que torna possível tudo, por ele, com ele, suportar...

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

doce presença


E nesse momento de saudade, quando penso em você, quando tudo está machucando o meu coração e acho que não tenho mais forças para continuar; eis que surge tua doce presença, com o esplendor de um anjo; e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante...
Tudo isso acontece porque amo e penso em você..."
William Shakespeare

domingo, 19 de novembro de 2017

Saudade sim, tristeza também!



Há muitos que dizem: Saudade sim, tristeza não!
Eu digo: Saudade sim, tristeza também!

Gente não se trata de uma receita de bolo! Também não estou falando de uma bula de remédios onde encontramos indicação e contra indicação...

Estamos falando de pessoas, de sentimentos, de momentos que marcaram para sempre as nossas vidas e a vida daquele que partiu...

Não tem como sentir saudades sem se entristecer... Porque bem diferente da saudade declamada pelos grandes poetas, a nossa saudade não tem hora, nem dia marcado para ser “matada”.

Vivemos pela fé, na esperança de que um “dia” nos reencontraremos... Mas como dói, dói... Dói não ter, não ver, não tocar, não falar... Dói lembrar, dói procurar e não encontrar, ou encontrar em tudo um pouco de alguém que já não se faz mais presente.

Saudade dói, saudade faz chorar, saudade é um misto de sentimentos, saudade causa tristeza, causa dor...

E ainda assim, eu quero viver todo dia sentindo saudade, sentindo falta, ainda assim eu quero viver só pra sentir saudade de você.



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Como gostaria de estar vivendo com você tudo o que imagino...

"Parabéns pra você nesta data querida..." Minha anjinha estaria completando 6 anos e 5 meses! E então estaríamos nos preparando para a formatura do pré! Ah fico imaginando você ensaiando as musiquinhas que iria cantar, o vestido que iria usar...Na minha imaginação seria tudo tão perfeito! Ah como eu te amo, como gostaria de estar vivendo com você tudo o que imagino...

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Espero que você goste da atitude da mamãe.

Ontem dei os bordados que fiz para a Letícia para outra Letícia.  A minha Letícia não usou e nem vai usar...Bordei para meus sobrinhos, eles usaram, a minha filha, não, mas alguém vai usar e já está feliz com a toalhinha que lhe dei...P.s: Letícia espero que você tenha gostado que a mamãe deu teus bordados para outra menininha chamada Letícia.

domingo, 12 de novembro de 2017

carta do céu

Oi mamãe, como vai aí na terra?
Mamãe não se preocupe comigo, eu estou muito feliz aqui no céu, tenho bastante amiguinhos. Tem muitos anjos por aqui!
Sei que a senhora sente muito a minha falta, eu também sinto muito sua falta, pois minha passagem na terra foi muito curta, o papai do céu te escolheu para ser a minha mamãe pois ele sabia que mesmo a senhora não podendo ficar comigo, iria me amar para o resto da sua vida. Mamãe, aqui é tudo tão lindo, tenho amiguinhos que me disseram que sofriam muito aí na terra e Deus os trouxe de volta aqui para o céu, pois aqui era o lugar deles e o meu também.
Mamãe fala para o meu papai que aqui eu jogo bola, a gente faz um time de meninas e meninos, brincamos o dia todo, aqui só tem sorrisos, alegria e amor de sobra.
Sabe mamãe, tem dias que ouço a senhora chorando e se perguntando porque o papai do céu me recolheu de volta, sabe mamãe, ele me disse que todos nós temos uma missão aí na terra, a minha foi ser seu filho(a) ele me prometeu que a senhora seria uma boa mãe e o que o papai seria meu melhor amigo, e que vocês iriam me amar eternamente.
Eu irei te amar eternamente, e algum dia iremos nos encontrar.
Sei que a senhora não pode ver meus primeiros passos e não poderia me ensinar a andar, sabe porque mamãe? Eu nasci anjo, e anjo já nasce sabendo voar.
Bom mamãe, eu tenho que ir! Em breve falarei novamente com a senhora, e não se preocupe comigo, eu estou feliz, estou bem, o papai do céu cuida de todos nós.
Um beijo do seu anjo!

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Saudades...triste dia...

Letícia, hoje faz 6 anos e 3 meses que você foi para o Céu, embora você tenha ido, eu não estou sozinha e nunca vou estar, pois as preciosas lembranças que compartilhamos nunca se afastarão de mim... Te amo!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

"Se"...Para sempre...

As pessoas não entendem...
O fato é que elas não sabem. Não sabem que quando um filho parte fica tudo que foi sonhado, tudo que foi planejado. Que a gente tem vontade de cuidar.
Sente uma dor enorme quando vê a fase de um bebê próximo, não é inveja, é só um "Se meu bebê estivesse".
Quando paramos no meio do jantar e pensamos:
- "Se ele estivesse aqui, talvez não eu não conseguisse nem parar para comer."
As pessoas não sabem com quantos "se" a gente tem que lidar depois de uma grande perda.
As pessoas não sabem que apesar de  nosso filho 
não continuar aqui, o amor continua, porque o amor (de verdade) é o tipo de coisa que continua para sempre.
Cintia Rodrigues

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Até o céu; lá nos voltaremos a ver

Fé não é insensibilidade e dureza de coração. Pode chorar, mas chore como quem tem fé na ressurreição.
Veremos os mortos na eternidade.
Diante da morte da pessoa amada, é preciso ver contemplar Nossa Senhora aos pés da cruz do seu Amado. Ela perdeu o Filho Único…, que é Deus, e que foi morto de uma maneira tão cruel como  nenhum de nós o será. Ela perdeu muito mais do que nós e não se desesperou. Certamente chorou muito… mas nunca se desesperou e nunca perdeu a fé.  Aos pés da cruz de Jesus estava de pé (stabat!). Ofereça nesta hora a sua dor a  ela, e sem dúvida, ela o consolará.
Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem desespero e sem desilusão.
Até o céu; lá nos voltaremos a ver, ensinam os santos. Que grande felicidade será para nós poder encontrá-los, depois de ter chorado tanto a sua ausência! Não nos deixemos levar ao desespero quando alguém parte; não somos pagãos. Lá não haverá mais pranto, nem lágrimas e nem luto.
São Francisco de Sales disse: “Meu Deus, se a boa amizade humana é tão agradavelmente amável, que não será ver a suavidade sagrada do amor recíproco dos bem-aventurados… Como essa amizade é preciosa e como é preciso amar na terra, como se ama no Céu!”
São Tomás de Aquino garante que no Céu conheceremos nossos parentes e amigos. Diz o santo doutor:“A contemplação da Essência Divina não absorve os santos de maneira a impedir-lhes a percepção das coisas sensíveis, a contemplação das criaturas e a sua própria ação. Reciprocamente, essa percepção, essa contemplação e essa ação não os podem distrair da visão beatífica de Deus.” (S. Teológica, 30, q. 84).
Diz santo Agostinho que os bem-aventurados formarão uma cidade onde terão todos uma só alma e um só coração, de tal sorte que na perfeição desta unidade, os pensamentos de cada um não serão ocultos aos outros. Lá não haverá olhares indiferentes. Todos serão mutuamente amigos, na harmonia de uma intimidade deliciosa.
São Francisco Xavier, jesuíta, foi grande amigo de S. Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. Lá das Índias, S. Francisco, sabendo que jamais veria o rosto do seu pai espiritual e melhor amigo,  escreve a S. Inácio:
“Dizeis, no excesso de vossa amizade por mim, que desejaríeis ardentemente ver-me ainda uma vez antes de morrer. Ah! só Deus, que vê o interior dos corações, sabe quão viva e profunda impressão causou em minha alma este doce testemunho de vosso amor para comigo! Cada vez que me lembro dele – e isto se dá muitas vezes – involuntariamente me correm lágrimas dos olhos. Peço a Deus que se não nos tornarmos a ver na terra, gozemos unidos, na feliz eternidade, o repouso que não se pode encontrar na vida presente. De fato, não nos tornaremos a ver, senão por meio de cartas. Mas no Céu, ah! sê-lo-á face a face! E, então, como nos abraçaremos!” (Cartas de S. Francisco Xavier, XCIII, n.3).
Realiza-se assim a palavra da Escritura que diz:
“O amigo fiel é um remédio que dá a vida e a imortalidade, e os que temem o Senhor encontrarão um tal amigo” (Eclo 6,16).
Pela morte, Deus separa, por um tempo, o que uniu na terra por amor, para reunir tudo depois numa vida melhor e sem fim na eternidade.
A morte não é o aniquilamento estúpido que pregam os materialistas sem Deus, mas o renascimento da pessoa.
Só o cristão valoriza a morte e é capaz de ficar de pé diante dela. Deus não nos criou para o aniquilamento estúpido, mas para a sua glória e para o seu amor. Fomos criados para participar da felicidade eterna de Deus.
E não desesperemos da salvação de ninguém, mesmo daquele que morreu sem fé. No último instante de vida Deus pode salvar muitos. Nossa Senhora sabe conseguir para muitos, ainda que na última hora, a graça do arrependimento e da conversão.
S. Francisco de Sales dizia que “entre o último suspiro de um moribundo e a eternidade, entre Deus e a alma se passam certos mistérios de amor que só no céu conheceremos um dia”.
Vamos nos surpreender com muitos que foram salvos.
Não podemos também  nos desesperar com a salvação dos que praticaram o suicídio. A Igreja nunca anunciou o nome de algum condenado, embora já tenha canonizado milhares de santos.
Na vida de S. João Maria Vianney há uma passagem maravilhosa. Uma manhã ele celebrava a santa Missa, e notou no fundo da igreja uma mulher vestida de preto, que chorava continuamente. Seu marido havia se suicidado; pulara de uma ponte e se jogou para morrer em um rio. A esposa o julgava condenado por Deus, e por isso chorava copiosamente.
Ao terminar a Missa, o santo passou pela mulher e disse no seu ouvido: “Pare de chorar. Teu marido está salvo; está no Purgatório; reze por ele.”
A mulher quis saber como Deus o tinha salvado. Ao que o Cura D’Ars lhe responde: “Lembra-se daquele oratório que você tinha no seu quarto, com a imagem de Nossa Senhora? Lembra-se que, mesmo sem fé, ele rezou algumas vezes com você? Por causa disto Nossa Senhora conquistou para ele a graça do arrependimento, no último instante. Entre a ponte e o rio, ele se arrependeu, e Deus o perdoou.”
São Bernardo gostava de repetir que “o servo de Maria, jamais perecerá.”
Deus é Justiça e Misericórdia; mas a Misericórdia supera a Justiça. E Nossa Senhora é Mãe de misericórdia.
Providenciemos os sacramentos para os doentes graves. Devemos trazer para os doentes em risco de vida a Unção dos Enfermos, que consola, perdoa os pecados, cura, e, se for da vontade de Deus o prepara para acolher a morte sem medo. É uma grande caridade para com o que padece.
A morte nos assusta, mas é preciso saber que quem viveu no Coração de Jesus há de morrer neste Coração misericordioso, que fará prodígios nesta hora.
Um ato de resignação e confiança em Deus pode fazer do pior pecador um justo diante de Deus; é o que nos ensina a salvação do bom ladrão. Lembremos de Madalena, de Zaqueu, do filho pródigo. Por isso é preciso dar confiança aos agonizantes.
Precisamos aceitar a própria morte conformados com a vontade de Deus. Santo Afonso via nisto um gesto semelhante ao dos mártires. Pascal dizia que “a morte é a nossa última oferta a Deus”.
Na Igreja a morte é natalício; ela celebra a festa dos seus santos no aniversário de morte e  não de nascimento.
Santa  Teresinha disse ao morrer: “não morro, entro para a vida”.
Você já reparou como morrem os animais? Mesmo os mais fortes e ferozes se curvam silenciosos diante da morte. A águia, quando a presente, voa para o pico mais alto, e ali espera a morte; é por isso que ninguém acha uma águia morta. O leão feroz, na hora da morte, queda silencioso nas sua toca… e espera o fim em paz.
Precisamos aprender também a morrer; se preparar para a morte, em primeiro lugar vivendo bem, de acordo com a  Lei santa de Deus, e em segundo lugar, aceitando-a segundo a vontade de Deus. Peça a Deus, por Nossa Senhora, São José e São Francisco, a graça de acolhe-la como “irmã”.
A árvore cai sempre do lado em que viveu inclinada; se vivermos inclinados ao Coração de Jesus, nele cairemos.
São João da Cruz, doutor da Igreja, expressa bem o sentido da morte para o santo:
“Para quem ama, a morte não pode ser amarga, pois nela se encontram todas as doçuras e alegrias do amor. Sua lembrança, não é triste, mas traz alegria. Não apavora, nem causa sofrimento, pois é o término de todas as dores e o início de todo o bem”.
Esse aspecto da morte: “término de todas as dores”, era de fato relevante para os santos, pois, para eles a vida é uma luta, como dizia São Paulo, “o bom combate” (2 Tm 4,7). É nesse sentido que o Apóstolo dizia que: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fil 1,21).
Quando nós também pudermos dizer isso, convictamente, estejamos certos de nossa santificação.
Santa Teresinha não se cansava de exclamar:
“Tenho sede do Céu, dessa mansão bem-aventurada, onde se amará Jesus sem restrições. Mas, para lá chegar é preciso sofrer e chorar; pois bem! Quero sofrer tudo o que aprouver a meu Bem Amado, quero deixar que Ele faça de sua bolinha o que ele quiser”.
São Francisco de Assis chamava docilmente a morte de “Irmã morte”. Como chegou a esta tranqüilidade diante da morte? Primeiro,  é claro, pela santidade de sua vida, mas também porque aceitava a morte, e todas as coisas, sem resistir. Temos pânico da morte porque a rejeitamos radicalmente, e quanto mais a rejeitamos, mais ela se torna nossa inimiga. É por isso que ela se tornou o flagelo da humanidade, de tanto ser rejeitada. Acolhida, ela se tornou “irmã” para  S. Francisco. Assim, de inimiga ela se transforma em amiga.

Do livro: Sofrendo na Fé (Prof. Felipe Aquino)