sábado, 7 de novembro de 2015

Sou mãe de uma linda anjinha

Eu sou mãe.
Sou a mãe daquela pequenininha, magrelinha de cabelinhos pretos e lisinhos que subiu ai no Céu. O nome dela é Letícia.

Ela
 é um anjo e, como todos os anjos, só me ensinou coisas boas. Ensinou-me a comer comidas saudáveis, a tomar bastante líquidos, ensinou-me que o amor só aumenta, quanto mais a gente dá. 
Eu sou uma mãe.
A mãe de uma anjinha.
Não sei que nome se dá as mães de anjos.
Mas sei exatamente a importância que se sente em gerar alguém tão especial. Tão lindo, maravilhoso, esplêndido.
Eu sei o que é ser amada e amar.
Eu sei o que é trazer no ventre algo tão magnífico, que Deus quis ficar com ela.
Também sei o que é saudade.
Letícia me ensinou isso também. Sentir falta de alguém. Sentir dores: do silêncio, da ausência, da partida. Do vazio, do luto, da morte. Acho que não foi por mal. Mas para fazer de mim uma mamãe mais forte, corajosa e sem medo de coisa alguma. Nem da distância, nem da separação, nem da morte.
Nossa senhora, tu que também és mãe. Cuida da minha pequena anjinha. Para que no dia em que eu chegar, ela esteja a me esperar, com um abraço. Que eu sinta suas mãozinhas ao meu redor e que nunca mais seja preciso nos separar. Porque dói demais.
Letícia, eu te amo. E o que me mantém viva é a espera de te reencontrar. Te abraçar e vivermos juntas para sempre.
Porque eu sou TUA mãe.
Porque eu te amo.

P.s: Ah, não sei se Letícia continua pequenininha, magrelinha...Espero um dia saber...

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Não existe superação!

Faço delas minhas palavras:
"Não digo superar, porque nunca superei nada. Detesto essa palavra. Odeio. Odeio mais ainda quando me chamam de exemplo de superação, me irrita profundamente. Primeiro, porque eu não sou exemplo. Segundo, porque eu nunca vou superar. Nenhuma mãe supera não estar com o seu filho aqui, do lado. Acho isso de uma insensibilidade absurda. Eu sei que ninguém faz por mal, mas como podem achar que alguém supera isso? Nunca. " (Cissa Guimarães, em entrevista à revista virtual Donna)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A saudade é o avesso do conto de fadas


Saudades

Sentimento sem explicação e sem tradução, originária no galego-português, foi uma palavra adotada para exprimir o sentimento composto de tristeza e dor, quando estamos longe do que é amado.
A saudade é o sentimento que sobra quando a pessoa amada vai embora.
Ela não coloca ordem nos sentimentos, na verdade deixa tudo bagunçado, é a experiência do vazio, não vem sozinha, sempre está acompanhada, não sabemos nem decifrar o momento que a saudade chega às vezes o anúncio da partida já nos deixa saudade, havendo o prenúncio de que o amor se esvaziará com a ausência.
Na saudade não observa o ruim ou o malogro, a saudade exalta as qualidades. A saudade alegra, quando no fechar dos olhos encontramos próximos nas esquinas da memória o amor que não está presente.
A saudade sufoca, pede socorro sem eco, sofre toda a sua dor calada presa nos corações, corrói o espírito, nenhuma palavra intensifica a dor que a saudade trás.
A saudade é o avesso do conto de fadas, escondido no viés de algum final feliz, ninguém nos ensina como morrer sem saudade, ninguém nos diz como não morrer de saudade.
As vezes passamos a vida sentindo saudade do que se foi, do que se passou.
A saudade nos deixa perdidos, perdidos por não saber o que fazer com o amor que sobrou.
O inverso da saudade não é a presença, é o amor, sem amor não se tem saudade e é só no amor que se encontra a cura para a saudade, isso é, no mesmo sentimento que origina a tristeza pela falta de quem se foi.
O que nos falta fazer? Amar a Deus, pedir Sua Presença Onipotente, sentir Sua Mão a aquecer a nossa, por esse amor não sentiremos saudade, não por sua ausência.
É pelo sentimento da distância que nos aproximamos de Deus, pela dor dos tempos vindouros, pela dor de ver partir quem se ama, pela dor de ficar, pela dor do amor que terá que gotejar, pois não dará mais para esparramar, é por Ele que nos sentiremos capacitados e fortalecidos para sobreviver a saudade.
Não se sintas infeliz com a saudade como se fosse o único consolo presente, pense que as lágrimas do coração secarão, pois as mesmas antecedem a alegria que chegará acompanhada da vitória, quando encontrar quem partiu, mesmo que seja no céu.
Eliete
 https://filhosnoceu.wordpress.com/carta-para-nossos-filhos/saudades/

Letícia minhas lágrimas secarão quando te encontrar! Te amo!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

saudade

“ ...As dores da alma, são mais fortes que as do corpo. "
Pra sempre minha maior saudade!
Te amo minha anjinha!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

...



Na verdade, muitas vezes eu pedi e peço a DEus que me encurte o caminho.Os dias são dolorosos demais. Cada dia é "menos um dia. " Será que nunca ninguém pensou que a infelicidade de uma mãe em luto é tão grande, que a vontade dela é estar próxima da partida; na esperança de rever sua joia devolvida a Deus? Leio e cerco-me de frases assim, tentando não pedir a Deus para partir...e aceitar o tempo que tiver que passar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Nossos amados não estão mortos - sentem saudade...

         
É bom sentir saudade. Significa que há amor em nossos corações, o sentimento supremo que empresta significado e objetivo à existência.
          Quando amamos de verdade, com aquele afeto puro e despojado, que tem nas mães o exemplo maior, sentimo-nos fortes e resolutos, dispostos a enfrentar o Mundo.
          E  talvez Deus tenha inventado a ilusão da morte para que superemos a tendência milenar de aprisionar o amor em círculos fechados de egoísmo familiar, ensinando-nos a cultivá-lo em plenitude, no esforço da fraternidade, do trabalho em favor do semelhante, que nos conduz às realizações mais nobres.
          Não permitamos, assim, que a saudade se converta em motivo de angústia e opressão. Usemos os filtros da confiança e da fé, dulcificando-a com a compreensão de que as ligações afetivas não se encerram na sepultura. O Amor, essência da Vida, estende-se, indestrutível, às moradas do infinito, ponte sublime que sustenta, indelével, a comunhão entre a Terra e o Céu.
          Há, pois, dois motivos para não cultivarmos a tristeza:
          Sentimos saudade - não estamos mortos...
          Nossos amados não estão mortos -  sentem saudade...
E se formos capazes de orar, contritos e serenos, nesses momentos de evocação, orvalhando as flores da saudade com a bênção da esperança, sentiremos a presença deles entre nós, envolvendo suavemente nossos corações com cariciosos perfumes de alegria e paz.


Neste Dia de Finados, elevo minhas preces em sinal de SAUDADES e não de TRISTEZAS, pois minha ANJINHA está em perfeita LUZ e PAZ, pois para ela brilha a LUZ que nunca se apagará...a LUZ PERPÉTUA, bjs de Luz pra vc minha anjinha!

domingo, 1 de novembro de 2015

Enfrentando o luto


Como a vida é delicada, frágil!... 
Os segundos que se substituem não se repetem 
e o instante que vem pode transformar
toda uma história em pedaços de lágrimas, 
onde o chão parece desaparecer sob os pés e o coração 
fica tão dolorido que parece que nunca vai 
encontrar remédio para curar-se.
Ninguém gosta de falar sobre perdas, 
alguns evitam até pensar, mas todos temos que, 
um dia ou outro, enfrentar.
Quando pensamos na vida, não queremos 
pensar nas possibilidades das perdas, 
que nos fazem sofrer antecipada e inutilmente.
Mas se a vida é um caminho onde subimos 
e descemos, é também um campo onde plantamos, 
colhemos e onde certas flores são carregadas 
tão repentinamente que nos pegam desprevenidos. 
E quando isso acontece, que fazer mais 
que abraçar a dor e esperar que os dias 
seguintes nos façam acordar desse pedadelo?
Viver o luto é aceitar a dor e a partida 
e aprender a continuar a viver.
Talvez seja justamente isso o mais difícil:
viver depois, reencontrar a alegria, o gosto,
reaprender a olhar o belo e desejá-lo.
Algumas pessoas desenvolvem um sentimento 
de culpabilidade em aceitar novamente o 
presente da vida, o sorriso e o recomeçar. 
Elas sentem como se estivessem traindo quem se foi, 
porque devem continuar.
Ora, o amor não diminui ou não fica diferente
porque aprendemos a viver sem os que se foram.
O espaço conquistado no nosso coração 
pelos que nos amaram e os que amamos 
ficará definitivamente marcado. 
Porém, isso não pode e não deve
impedir ninguém de viver.
É preciso aprender a viver com e apesar de. 
É preciso aprender a viver com a dor, 
com a falta, com a saudade e apesar do adeus. 
E é preciso se reconstruir.

Completar o luto é aceitar que a última página
de uma história tenha sido definitivamente virada,
que aquele livro se encerrou, mas que
a vida para quem fica continua.
A vida é uma dádiva do céu, que continua azul
e infinito e onde as estrelas continuam a brilhar,
mesmo na mais negra escuridão.

 Letícia Thompson