domingo, 31 de julho de 2016

A morte de um filho tira do chão os pés do pai e da mãe, que flutuam pelo resto de seus dias.

METADE DE MIM EU PERDI
...É lamentável e triste, dor irreparável quando abrimos o jornal e uma manchete bem localizada nos dá a notícia de que, num acidente, alguém perdeu um filho. Não existe dor maior. Só quem tem filho pode imaginar o que isso significa. Perder um filho é como perder metade de você, e o que é pior, a outra metade não aprende mais a viver...
...Temos conhecimento que viúvos e viúvas significam que um do casal tenha partido. Quando se perde o pai ou a mãe diz-se que os filhos ficaram órfãos. Mas para quem perdeu um filho nenhum dicionário conseguiu ainda palavras para preencher o significado. Todas as pessoas que tiveram a infelicidade de perder um filho e não importa com que idade perdeu, não conseguiram se livrar desse complexo sofrimento que é seguir a vida sem eles. Nenhum especialista tem dado com segurança suporte emocional àqueles que o procuram tentando encontrar explicação para o tremendo espaço ocupado pela angústia e pela falta de motivação. Quando partem os pais deixando filhos, mesmo que menores, nos tem parecido que a ordem natural das coisas continua sendo obedecida. A morte de um filho tira do chão os pés do pai e da mãe, que flutuam pelo resto de seus dias. Ela produz uma ruptura na realidade daqueles que perdem, porque a vida é abruptamente destroçada e não deveria ser assim. Nenhum pai admite ter sido pai de um filho e de repente deixar de o ser. Difícil se dar conta de que o filho já não está mais presente. Os pais passam a resistir como podem, como conseguem, acreditando por um instante divino que seu filho não se foi, passando a valer-se dessa negação a fim de sentir que o filho continua vivo. É claro que depois de uma luta interior incansável contra uma realidade inadmissível, o pai acaba cedendo e admitindo a perda. É notório também, que a existência do filho fica inscrita para sempre na mente paterna ou materna, pois se há de convir que um filho não seja uma pessoa a quem se conheça de imediato, como ao restante dos outros. A um filho se reserva um espaço todo especial na mente e no coração, desde que os pais planejam a sua concepção e, a partir dela, toda a sua existência. Muitos pais, ao se depararem com a morte de um filho, relatam que em várias ocasiões tinham pensado: “eu planejava como deveria ser o batismo de minha filha, chegava mesmo a imaginar cada uma das festas de aniversário que eu lhe faria, mas nunca fui capaz de conceber como deveria ser seu funeral”...
...Parece-me que, ainda que se escreva uma enciclopédia completa sobre a experiência de se perder um filho, não seria suficiente para se chegar a compreender o que vivem esses pais. Quando falam da solidão e de seus vazios, continua incompreensível para mim, porque solidão e vazio são palavras difíceis que preenchem a lacuna da ausência. E essa falta continuará a se fazer presente, servindo para vislumbrar a essência humana e nos tornar conscientes de que, muitas vezes, “se não estamos dispostos a encarar a morte, é porque o amor causa dor, e só quando se sofre é que se sente medo de perder a pessoa amada”...
(Manoel Ruiz Filho)

sábado, 30 de julho de 2016

difícil abrir armários que guardam cheiros,


Paciência, sim, paciência com meus dias de dor,
meu mundo precisa ser redescoberto,
meus dias reinventados,
difícil abrir armários que guardam cheiros,
tirar as roupas, os sapatos, os perfumes,
todo esse mundo físico que me conta sobre quem partiu,
minhas mãos estão perdidas, meus pés vacilantes,
minha casa e meu coração silenciosos,
Paciência, com a minha voz que fala o nome dele,
repete tantas e tantas histórias,
resgata na memória os alívios,
nas lembranças, um jeito de acomodar esse amor,
me perdoem, não posso deixa-lo partir definitivamente,
preciso de partes dele no que sou,
Paciência, sim, paciência com esse amor reinventado...


Sobre Paciência e Memórias

(Teresa Gouvea)

sexta-feira, 29 de julho de 2016

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Pra bem mais perto de Você


O vento bate na janela
Eu busco asas pra voar
Pra bem mais perto de Você
Bem mais perto de Você
Estamos livres mas sozinhos, abandonados
Por quem tinha que nos entender
Por quem tinha que nos defender
(Refrão)
Hoje muitos choram mas não desistem de viver
Hoje muitos choram sorrindo (2x)
A vida passa como um rio
E não é mais tudo tão lindo
Nos resta apenas confiar em Deus
Nos resta apenas confiar
São só palavras e promessas dissimuladas, sem noção
Que muitas vidas correm em Suas mãos
Que muitas vidas correm em Suas mãos
(Refrão)
Hoje muitos choram mas não desistem de viver
Hoje muitos choram sorrindo (2x)
Hoje muitos choram
Hoje muitos choram sorrindo
(Refrão)
Hoje muitos choram mas não desistem de viver
Hoje muitos choram sorrindo
(Muitos Choram Rosa de Saron)

quarta-feira, 27 de julho de 2016

terça-feira, 26 de julho de 2016

espero...

Letícia você era a vida da mamãe agora vivo sem vida esperando pelo dia mais feliz da minha vida, o dia em que puder te reencontrar minha filha ,minha vida te amarei eternamente

segunda-feira, 25 de julho de 2016

No Coração...

E já que não posso te carregar nos braços,.
Te carrego no coração e nas lembranças.Te amo sempre!