quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A mãe que perdeu seu filho.


É na solidão da tua ausência que me encontro.
É nesses instantes de doloroso silêncio que volto a ouvir a tua voz enebriante.
E que me reconheço.
Sinto que sou capaz de te entender.
De te embalar.
De te acarinhar.
É na solidão da tua ausência que consigo ouvir.
Como da primeira vez.
Talvez.
O bater do teu coração.
Certo, ritmado, feliz.
É nesse instante de profundo desespero que me acalmo.
Julgo sentir, uma vez mais, não só o teu sorriso, mas a própria leveza da tua mão.
Na minha, pequenina.
Para sempre?


(Desc. Autor)

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