domingo, 20 de maio de 2018

Depois que um filho se vai, a mãe fica louca...

PODEM ME CHAMAR DE LOUCA SEM PROBLEMAS E ASSIM QUE ME Sinto Depois que um filho se vai, dizem por aí que a mãe fica louca... E é verdade. 
Ela passa a ser mais complacentes com os erros dos jovens, passa a aceitar mais a partida dos mais velhos, chora e ora pelo menino na rua de pés descalços. 
Sofre desesperadamente a qualquer tragédia vista na TV ou nos jornais, onde mães ficaram sem seus filhos. 
Dói na alma desta mãe qualquer doença que atinge o filho de outra mãe que ela nem mesmo conhece e abençoa cada filho no ventre, quando mesmo de longe observa uma grávida. Dizem que ficamos loucas chorando diante as fotos, olhando uma medalhinha antiga do filho morto. 
Que é sintoma de insanidade falar sobre o filho que melhor seria se calássemos, mudássemos de assunto, ou mesmo nos ocupassem de outra coisa. Dão-nos receitas, indicam chás, livros, simpatias, ceitas, religião e conselhos dos mais diversos. 
Mas esquecem de que de verdade a mãe que perde um filho na terra não é uma louca. Ela aprende a ser desprezada, a ser evitada, pois o olhar não tem brilho, por que os assuntos cessam, e o silêncio passa a ser preferência, ela prefere um cantinho da casa do jardim, do quintal ou mesmo da vida, do que aborrecer com sua presença as pessoas, e nem se magoa com isso. 
Aprende que sentir saudade é coisa boa, pois a saudade trás de volta aquele que voce tanto ama, mas ao mesmo tempo assim como trás a lembrança mostra a distância e o que é ruim também é bom. 
Saudade dos vivos que se priva de sua presença é motivo pra compaixão, pois não entender uma louca também não é coisa de gente sã. Dizem por aí que não sabemos fazer mais nada que cultuar nosso filho morto, mas nem imaginam o quanto oramos pelos filhos vivos de todas as mães.
E eu sem hipocrisia nenhuma afirmo, somos loucas realmente, somos totalmente insanas, pois apesar de amar nossos filhos, passamos a amar os filhos do mundo, os filhos de todas as mães feito loucas que somos, colocamos as mãos na cabeça e choramos o filho de quem nunca vimos, e por aquele que nem nasceu, por medo de que alguma mãe neste mundo sinta a dor que sentimos.Autor: Desconhecido

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