sexta-feira, 22 de julho de 2016

Quando a morte ensina


Que a morte me ensine sobre a vida, tanto, que no meio da dor eu me debruce sobre o que tenho feito dos meus dias nessa passagem de uma amplidão imensa e uma estreiteza assustadora. Depois, após ter aprendido sobre as despedidas cuidarei dos caminhos que meus pés seguirão, enxergarei os abraços que me esperam, as mãos que me estendem, os sorrisos que se abrem para a minha chegada e todas essas coisas que deveriam povoar nossas vidas. Meu coração, então, sobrevivente da dor, compreenderá que na minha vida somente caberão lugares onde há vida, seguirei com meus adeuses, frágil, mas inteira...

(Teresa Gouvea)

Nenhum comentário:

Postar um comentário