sexta-feira, 14 de março de 2014

Até a eternidade...

Como é difícil encarar essa realidade...
Tento, a todo o momento, me convencer de que isso aconteceu para que ela não tivesse de passar por mais sofrimentos em vida. A Letícia lutou como uma guerreira para resistir a um nascimento prematuro, a uma cirurgia complicada e uma doença genética... A Letícia lutou, fez e aconteceu, para conseguir ficar junto de nós e nos deixar as melhores lembranças de nossas vidas.
Desde o primeiro olhar que ela me deu saindo do centro cirúrgico nasceu meu amor incondicional por ela.
Durante o breve tempo que se seguiu, e que pude compartilhar com ela, fui imensamente feliz. Eu babava a cada gesto, a cada gritinho, a cada chorinho, a cada movimento, a cada olhar dela...
Por isso é tão difícil encarar sua ida para junto do papai do céu... Por isso, Letícia, levei algum tempo até conseguir parar de chorar e deixar a tristeza de lado para lembrar-se de você com a ternura com a qual você me cativou. Quero me lembrar de quando você veio para casa (o dia mais feliz das nossas vidas!), dos dias em que íamos ao médico, eu ia tão orgulhosa, e te vestia como uma boneca! Mas, você não era uma boneca, você era um anjo! , das tardes que passava comigo, e com a vovó... Enfim... Tudo em você era tão especial e tinha um gosto tão bom, que é muito difícil hoje, para mim, não te ter mais aqui... Desejei tanto que tudo fosse um pesadelo... Como ainda desejo...
Nada será como antes... Essa é minha única certeza...
Mamãe ama você, Letícia... Demais... Demais... Demais...

Vejo-te mais tarde, minha anjinha... Até a eternidade...

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