quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Um vazio

Saudade de você, minha anjinha... Dos nossos momentos juntas... Por um tempo quando estava em algum lugar e ouvia um chorinho me dava um arrepio...até me acostumar que não viria mais...o fato de se acostumar com isso é uma tristeza. Um vazio. Hoje não sou mais aquela pessoa de coração leve. Muito mudou nesses dois anos e quatro meses. A dor é capaz de moldar. De dar uma nova forma para o mundo. Eu já não nem sei mais quem sou, sabe que primeiro perdi a identidade, a vida, na verdade; mas a sobrevivência me obriga a ficar aqui. E assim como numa selva, sou obrigada a permanecer, mas numa selva muito mais truculenta que é a selva humana. Para isso, precisei desenvolver  habilidades de defesa e preservação, porque meu coração está devastado, e o mundo não vai parar e me ajudar com isso. É a pior dor . Então eu tiro de dentro de mim tudo que posso para ir caminhando dia após dia. Isso exige uma força tão grande que não tem  nome. Uma força e ao mesmo tempo uma fragilidade enorme, que é o meu coração esburacado pela pior dor que um ser humano possa imaginar.
Te amo minha anjinha!

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